O pardal abocanha a borboleta
que se debate
e junta a força
obsoleta
pra se libertar
e eu aqui
onde não deveria estar.
a essa altura, no telhado,
entre a fumaça
e esse fio desencapado
coloco cacos na balança,
o esmiuçado duma vida horrível,
pessoal e intransferível
que insisto em carregar.
nunca estive totalmente pronta
pro que eu quiser,
pro que der e pro que for
sou apenas véspera,
parco espectro espectador.
precisaria de um grito,
de um saculejo
desfribilador,
o escambau,
e então um dia
eu seria o pardal.
também ando precisando de uma renovação, algo que me sacuda, que me dê um sinal de que nada disso é em vão...
ResponderExcluirBjos!!!
"nunca estive totalmente pronta
ResponderExcluirpro que eu quiser,
pro que der e pro que for
sou apenas véspera,
parco espectro espectador."
Fodesia!