Até.


Fixei meu olhar
através do vidro sujo, fosco,
e não me vi no mesmo lugar.

Parte porque vou partir,
parte por não querer
partir você ao meio,
vida.

Mas o certo é que estou de saída.

Culpa toda
do espectro volátil
que me constitui.

Essa matéria
inconstante
em constante
mutação.

Pelo sim, pelo não,
la vou eu de novo

de mão dada com o destino
linhavando o desatino
no meu calcanhar

de Aquiles,
quem dera aquele
passamento de quimera
que outrora (mesmo espera)
me servira de caução.

Pelo sim, pelo não,
não fico.

Caio fora, passo a vez,
abdico.

Não sou do tipo
que vive em vão.

Rascunho
a lápis
o eme na mão.




2 comentários:

  1. Intenso, vivo, lindo!
    Parabéns Allana.

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  2. Sinto falta de teus textos...
    Tenho muito orgulho de ser tua fã, menina.
    Parabéns.
    Desejo muito sucesso à você.
    (:

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