poema de causa e efeito


não mesmo,
eu jamais poderia saber
nem pelo jornal
nem pela revista
daquela língua devassa
e contorcionista
ou do aconchego de uma pedra
bem no meio do caminho

não saberia, não,
do seu sabor mediterrâneo
do seu desejo, instantãneo,
ou que ele toca violão

e a partir de agora,
tão somente porque não posso
e, sobretudo, porque eu quero
é que o fiz assim, tão vero,
falácia fácil de desmentir.

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