De quando te vejo

você, moço, faz vibrar todo o meu universo e meus trópicos e meus paralelos
tua retina dilacerada diz em grego qualquer prece pagã e balança meu temperamento displicente
entre o sensato e a solidez --indecente--do teu membro
após um beijo, mesmo que sutil e desinteressado você, moço, desperta tanto os meus sentidos --o gosto e a vista e os ouvidos-- tua boca de mar me oferta sabores ácidos e me tira do sério, então perco a conta e me entrego toda ao teu inferno etéreo.

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