Diário de bordo.

Olá!
Há quanto tempo não escrevo no blog, hein!
Façam de conta que a ausência não existiu e por favor, não se acanhem em ler estas linhas e as próximas. Bom, tinhamos planejado a viagem um mês antes, iriamos até Caxias-MA e depois á Teresina-Pi. Porém em uma semana me ocorreu uma sucessão de incidentes que, confesso, quase me fizeram desistir (se não fosse meu olhar meio céptico no que diz respeito á "avisos sobrenaturais")
Primeiro me acidentei de moto. Machuquei joelho e cotovelo, torci o pulso, tive contusões no ombro... Nossa, só vendo! Tudo bem, consultei um ortopedista, tomei uns medicamentos e pronto, sinal verde pra viajar.
Engano meu, ás vésperas de nossa viagem fui acometida por uma infecção horrivel nos rins. Febre, cama, dor, enjoo, febre, dor, cama, enfim.
Corre-corre no hospital, medicamento, exames e o aval de mamãe para viajar. Finalmente, né?
Embarcamos no domingo (9), perdemos o ônibus e seguimos num "extra" até a cidade mais próxima, Açailândia, onde encontrariamos o nosso ônibus. Dito e feito, quarenta minutos depois já estavamos no ônibus perdido e seguimos para Caxias bem animados, mesmo dodói como eu estava. Viajamos a noite inteira, fez um frio danado!
Chegamos cedo á Caxias 7:20 mais ou menos, pegamos um táxi e rumamos para o Hotel Excelsior. Gostei de cara do ambiente. Local bem rústico, prédio com telhado alto e um quarto bem simples e aconchegante. Tomamos um banho e fomos direto á ACL- Academia Caxiense de Letras entregar uns livros, aproveitaram-se do meu bem e lhe convidaram para ministrar uma palestra aos alunos de um colégio que visitavam a Academia.
Depois de uma calorosa ovação e uma série de fotos (e quantas fotos) finalmente deixaram meu bem respirar e então fomos até a livraria Graúna, também deixar alguns exemplares de livros. (eu, claro, toda orgulhosa e apaixonada. Boba.)
Missão cumprida e fomos direto ao Intituto Histórico e Geográfico de Caxias, que fica na antiga Estação Ferroviária. Por coincidencia pegamos o mesmo táxi que meu bem tinha chamado um ano atrás, Seu Amorim.
Pois bem, chegamos ao Instituto e fiquei encantada com a beleza do prédio, todo amarelo e com janelas bem grandes (eu e as janelas). Adentramos e fomos logo á parte da biblioteca, pesquisaríamos textos do escritor caxiense Sidney Rocha, á pedido de sua família. Subimos ao segundo piso e fiquei admirando a vista dos janelões ventilados e dos móveis antigos (antigos mesmo).
Corremos novamente á biblioteca e fomos dar uma ligeira olhada nos exemplares antigos do jornal "O Pioneiro" á procura de Sidney Rocha, ja devia passar das onze e quarenta e o instituto fecha ao meio dia, portanto, tivemos de marcar para o dia seguinte a saborosa jornada de pesquisa. Seu Amorim já nos esperava no táxi então fomos á casa de Luiza, tia do meu bem.
Não tivemos sucesso, a casa estava fechada sem sinal de gente lá dentro, então fomos ao seu tio, Raimundo João ( Ou Ramon Jean, risos). Por acaso, dona Luiza também se encontrava lá (esqueci de contar que meu bem sequer lhes avisou que estava indo á Caxias, então imagina-se a euforia por conta da surpresa) Pois bem, foi melhor, ja que matamos dois coelhos numa única cajadada. Luiza é um doce de pessoa, tem um tempero maravilhoso e lembra muito uma tia minha. Seu tio, Raimundo João é muito bonito. Ficou paraplégico num acidente de trânsito, e apesar disso possui um astral lá em cima, um exemplo de vida. Muito abraço, muita conversa, gostei bastante dos dois, gente simples como a gente. Então, pois é, a hora já estava adiantada daí fomos para o hotel, que ficava pertinho dali. Estavamos famintos e almoçamos logo, depois subimos, tomamos um banho merecido e dormimos a tarde inteira, na verdade não só a tarde, acordamos lá pelas tantas da noite. Eu, com uma febre de quase quarenta graus que logo foi medicada, porém demorou baixar. Mas baixou. (graças aos mimos e cuidados do meu doutor-amor)
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Segundo dia, acordei bem disposta, tomamos o café da manhã e caminhamos até Instituto, claro, não sem antes passar na ACL que fica no caminho.
Chegando no Instituto, mergulhamos na hemeroteca que nos aguardava (Adoro!) (ninguem fala hemeroteca, lembrem-me de inventar um coletivo mais bonito pra jornais).
Encontrei muitos textos do meu bem e tambem do meu mais recente ídolo Vitor Gonçalves Neto (adooooreeiiiiii!! gente, ele escreve do jeitinho que a gente gosta de ler, gostei muito mesmo! Depois quero fazer um post especial, mas isto agora não vem ao caso) Voltando ao Sidney Rocha, encontramos muitos textos e poemas, e a família acreditava só haver uns quatro publicados. Pois bem, tiramos cópia de todos e quando ja tinhamos nos dado por satisfeitos, eis que meu bem encontra uma mina, um tesouro: Os cadernos de Dona Miroca! Nossa, ela colecionou recortes de jornais durante toda a vida, uma coisinha tão organizada, encapadinhos, com a data e tudo mais. Encontramos ainda alguns textos do Sidney Rocha neles, acho que só um ou dois, não lembro. Olhamos o trem passando, que sensação gostosa, viu? Nunca viajei de trem. (trauma futuro?)
Então, terminada a nossa jornada jornalística, fomos procurar um táxi, ja que o celular do meu bem não funcionava (bateria - depois conto detalhes) e não tínhamos como ligar pro Seu Amorim. Ok, o gentil rapaz da recepção nos deu uma mãozinha e foi chamar um taxi num ponto próximo. E lá vem o táxi, Seu Nonato e a esposa Dona Dulce, que ja foi logo me dando lição, dizendo: "Quando o homem quer escapar, não tem jeito. Ele escapa mesmo" (risos) Fomos a casa de Luíza, almoçamos e voltamos pro hotel. Eu não estava muito bem. O sol, talvez. Depoisde tomarmos banho, fomos á ACL, dar uma pesquisada nos jornais de lá. Que ótimo, ainda encontramos vários textos. Já era noite quando saimos da Academia, então fomos ao hotel nos arrumar para um jantar no famoso Balneário Veneza. Chamamos seu Amorim, apanhamos Luiza e seu filho, Diego, e fomos comer o célebre Pirão de Parida, prato típico de Caxias. Descobrimos ali que o celular de meu bem era uma verdadeira bomba relógio! Devido oxidação da bateria (suor, etc) ela estava meio enfatuada (? - tá, inchada... sei lá) e imaginem que por isso não segurava carga nenhuma, e a cada vez que tentavamos recarregá-la, corriamos o sério risco de uma explosão. Jantar produtivo. (risos)
O Balneário é muito bonito, fazia uma noite calma e ventilada. Como chegamos ás 21:00, tivemos de esperar uma hora e meia. Adorei o prato, o pirão é bem molinho com o frango cozido (que a gente pode escolher) e arroz, tem também um limãozinho pra acompanhar, hum, uma delicia! (Tenho uma amiga que odiaria ler isso, pelo adjetivo "delicia", só porque gosto dela vou fazer pior: "O pirão estava dê-lí-cí-ô-sôôô", ela detesta de coração estes adjetivos, beijos Rô!)
Noutra ocasião, Mamãe me contou que, quando pequena (mais jovem né, porque pequena ela ainda hoje é - de estatura, claro), via vovó de resguardo comendo o tal pirão, e ela morria de vontade de comer e nunca davam pra ela. (trauma) --Ô mamy, fica assim não, um dia levo você pra comer pirão de parida lá em Caxias, tá? (risos)
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Terceiro dia, nem lembro direito. Ah! Sim, como não lembrar? Nesse dia acordamos cedo, tinhamos de tirar algumas cópias dos textos encontrados na academia, escrever as matérias e ir ao *salão V.I.P.* (risos). Fizemos nosso desjejum e fomos comprar algumas coisas, talvez pela infecção, minha pressão baixou e passei mal. Tive um ligeiro enjoo (sem acento, tá?) e logo retornamos ao hotel.
Acho que tive febre, nem sei. Fiquei deitada e meu bem aproveitou pra escrever as matérias.
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Quarto dia, ou seja, quinta-feira. Acordamos meio tarde, desjejuamos e fomos dar uma volta na cidade, passamos no banco, nas praças, nas casa antigas (Ai, pera, pera, lembrei de uma piada sem graça: "O quê que o ladrão profissional foi fazer no banco ás 11 horas?? -- Foi sentar! kkkkkk (Sei que quem vai rir muito é a Cinara, ah e que emocionada ela vai ficar quando ver o nome dela aqui, te amo nara!)
Okay, chega de encher linguiça (sem trema) e voltando á quinta-feira, pois bem, almoçamos na casa de Luiza (outro pirão? - Só meu bem vai entender)
Uma delicia (como repito essa palavra), devoramos uma melancia (nós e as melancias) o frango tava divino. Viajariamos á tarde para Teresina, então nos despedimos e caminhamos até o hotel, tirei algumas fotos no caminho e tudo mais. Com certeza a musica que não saiu da mente foi Herve villard "Capri c'est fini".... E ficava por ai mesmo, ninguem sabia o resto (risos)
Ah, não posso esquecer da nossa visita ao museu da Balaiada!Gente, cada peça antiquissima, cada reprodução em maquete, nossa, fiquei orgulhosa!
Ás quinze horas seu Amorim nos levou até nosso destino, a capital do Piauí. Quarenta minutinhos de Caxias, foi uma viagem curta e agradável.
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Chegamos em Teresina e para nossa surpresa todos os hoteis estava abarrotados!
Por sorte conseguimos um quarto no Hotel Cabana (Foi sorte mesmo, bem na hora em que os hóspedes deixavam o chalé)
Nos instalamos, e apesar de curtinha a viagem eu queria mesmo era deitar e só acordar no outro dia. Não pude. (Meu bem propôs uma ida ao Teresina Shopping)
Bom, shopping é shopping em todo lugar, passeamos um bocado, tomamos sorvete, eu não meu sentia bem (febre!) Então adiamos o filme do Al Pacino e De Niro para o dia seguinte. (óóhh...)
Na volta, dentro do táxi, lembro da musica que o gentil motorista colocou. Era um muito bem escrito e cantado forró (estou sendo descaradamente sarcástica)
Alguem aqui ja ouviu uma banda de forró (ou um forro inteiro- banda, endendeu?? hehe) tentando ser romântica? É uma coisa linda de se ouvir ( com o "mute" acionado) era mais ou menos assim (peguei na internet) "Só quis te levar pra festa /Você me amou de um jeito tão aflito"
Ninguem merece mesmo! E eu excepcionalmente rezando "Aii, chega (no hotel logo) Aii, chega (dessa música, moço!)
É, ainda bem que chegamos e dormimos como anjinhos.
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Dia seguinte. Acho que acordamos um pouco tarde demais, e fomos tomar café no shopping. Como já devia passar das onze, resolvemos almoçar no Chinatown, um simpático restaurante na praça de alimentação. Comemos muuuuito e me arrisquei no camarão (Ai, que pecado)
Assistimos o novo filme do 007 (adorei!), claro, não vou ser chata e contar o resumãoooo do filme, aqui não é lugar, nem vou fazer propaganda de graça.
Al pacino e do De Niro ja havia saído de cartaz, compensei meu bem vendo com ele um filme terrível!! Horripilante, amedrontador, Espelhos do medo,ai, não posso nem dizer o título em voz alta, nossa, mas assisti bravamente. (risos)
Quero logo chegar á parte mais emocionante da viagem, meus dedos ja estão quadrados (de digitar) e esses detalhes só interessam á mim e ao meu bem. (Que dias maravilhosos meu amor! Você me faz cada vez mais feliz!)
------------------------------------------------------------------- No sábado, (thãrã!) acordamos (lógico), tomamos café (evidente), e fomos á rodoviária pegar o primeiro ônibus para Pirapuruca, cidade próxima do Parque Nacional de Sete Cidades. Expectativas frustradas. Eu não podia viajar, pois meus documentos tinham ficado em Imperatriz. Procuramos outra empresa. Ótimo! Descobrimos que poderiamos viajar em outra empresa apenas com a cópia do documento original (que tinhamos) e o próximo ônibus sairia em vinte minuto para Piripiri, cidade mais próxima ainda do PNSC (que sigla horrivel! Mas vocês entenderam né?) pois é, compramos água e embarcamos no ônibus, já que de barco não teria jeito (risos) A viagem foi tranquila, estou com (muita) preguiça de contar que tinha um bêbado no ônibus e que o motorista o colocou pra fora aó porque ele tava cantando "Soy loco por ti América, Soy loco por ti de amores..."(coitadinho, tenho dó mesmo, o sol estava de rachar)
Tá, chegamos á rodoviária de Piripiri e procuramos um táxi para nos levar até o Parque Nacional de Sete Cidades ( que nome lindo, imponente! Adoro!)
Quem nos levou foi seu Manelim, que durante o trajeto nos contou muitas histórias de Sete Cidades.
Ao chegarmos no portão principal, fomos autorizados a entrar e acabou o asfalto. (ótimo!)Chegando lá na sede, acho que é assim que chamam, contratamos Eline, uma gentil guia turistica que nos levou até os monumentos rochosos.
Tratamos de nos abastecer de energéticos, sucos, água e provamos uma cajuína saborosa.
O taxi nos levaria até próximo da rocha, mas o trajeto interno fariamos a pé.
É impossivel encontrar adjetivos menores que magnífico, majestoso, grandioso!! Um lugar de uma paz, nossa! Havia rocha pra todo gosto, de todas as formas. Fotografei tudo, cada paisagem, cada bichinho, cada plantinha.
A vista panoramica certamente é o clímax da aventura, subimos mais de 50 metros e lá de cima pudemos ver, extasiados, a magnitude do vento, do verde, do céu, da vista seguindo a vastidão... Me senti arrebatada, desprendida, leve. Que coisa gigantesca, que miúdos somos nós no dia-a-dia, no corre-corre de banco, que pouco que somos. Ta, chega, não to disposta a filosofar, agora não!
Bom, prosseguindo, observamos tudo, as pinturas rupestres, a mão de seis dedos, a caverna de seu Catirino, as rochas da Tartaruga... Tá tudinho nas fotos. Que feliz esse dia. E foi no dia de meus anos.
As fotos estão no final da página, e quantas fotos!
No final da tarde, seu Manelim nos levou até a rodoviária, e vejam que sorte, o ônibus já estava lá! Pelos nossos cálculos, esperariamos ainda cerca de uma hora e meia.
A viagem foi bacana, conversamos umas coisas não tão importantes (pra mim), mas bem necessárias, talvez.
Chegamos no hotel exauridos! (como disse certa vez, uma amiga bem próxima)
Dormimos, eu acho, não lembro muito bem.
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Domingo retornariamos para Imperatriz. Ah, sim, agora lembro muito bem, arrumamos tudo na noite anterior, malas, sacolas e tudo mais. Não tinhamos qualquer preocupação para o domingão. Fizemos nosso desjejum tranquilamente, comemos tanto (risos)
Depois fomos apreciar o pátio do hotel, os pavões e outras aves.Á tarde fomos para a rodoviária de Timón e ficamos jogando "Impugno" e tomando água de côco até o nosso ônibus chegar.
Bom, quando chegou embarcamos (não poderia ser em outra ordem)
Daí foram 14h de viagem até Imperatriz.
Dentro do ônibus tava passando um filme que não quis assistir, e .... ( Ainda querem saber do mais? Ok, eu dormi, claro. A noite toda. Acordei já estava aqui. Pronto, acabou, já pode ir olhar o orkut. As fotos posto depois. Beijos).
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