estocolmo


Outro dia lembro de ter caminhado
—corajosamente— para a beira
da palma da tua mão

a vertigem e o mau tempo
anuviaram a rebeldia.

voltei correndo para o cerne
do teu eme
que espalmava meu mapa astral
perene
e mal traçado.

—maltratado—
por trocentas traças
famintas
de um destino
sem o menor design.

sinto meus pés tão gelados,
mas, ainda assim,
se me permitir,
fico bem na tua palma macia
até achar outra mão caridosa 
que me dê moradia.

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