E outro ano já me passa
perguntando carrancudo:
-- que tu fazes, passageira,
por este fatídico mundo?
Eu miro sua cara tão dura
franzida em repreensão
-- meu caro, sou eu que pergunto,
cadê sua reputação?
Passaste tão em brancas nuvens,
tal qual todos anos de trás,
e assim como eu algum dia,
voltar tu nunquinha vai mais.
Não foste um ano de glória,
tampouco de revolução,
que fazes do mundo agora
senão só deixá-lo na mão?
Tu foste um ano difícil
com crise, calor e descida,
Ouve os fogos de artifício?
Festejam a tua partida!!!
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