do meu projeto MICROSSOMOS
quando eu morrer, por gentileza,
me embrulhe num papel de seda
e me guarde na segunda gaveta
da escrivaninha
lá estarão meus versos agnósticos
alguns ácaros e acrósticos
certamente vou ficar muito bem.
no meu testamento de areia
vou deixar nada mais do que joio
e as cascas de algum trigo
de ultima safra.
levarei uma boa lanterna
e meus óculos de grau.
--Não quero perder um só detalhe
do paraquê do universo.
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